sexta-feira, 18 de maio de 2007

Marie Antoinette

Corra até o cinema mais próximo ,compre um balde de pipoca (sem culpa ) e delicie-se com as cores, as músicas,a fotografia e a beleza de Marie Antoinette. Corra,mesmo,antes que saia de cartaz e você perca o filme-fashionista de Sofia. Corra, porque a gente garante,apesar das vaias dos franceses,que você vai gostar.



Assista o trailer aqui:
http://www.sonypictures.com/homevideo/marieantoinette/index.html,

+ sobre Marie A., o filme :

A cineasta Sofia Coppola lançou em outubro de 2006 seu filme, "Marie Antoinette". O aguardado longa conta a história da rainha francesa do fim do século 18 e é estrelado pela atriz Kirsten Dunst.

Desde as primeiras informações sobre o filme, o projeto da diretora que vinha de uma indicação ao Oscar por
Lost in translation gerou expectativa: seu primeiro trailer mostrava Kirsten Dunst como a protagonista correndo pelos imensos jardins de Versailles ao som de New Order. Felizmente, o filme não é apenas a rotina de uma garota fútil do século XVIII. Também não se resume à cinebiografia da última rainha da França.É, na verdade, um retrato, se não completamente fiel à protagonista (como saber?)ao menos bastante complexo de uma mulher atemporal vivendo em um tempo e espaço bastante específicos.
Ao acompanhar o olhar da jovem delfina sobre os costumes extravagantes, os aposentos suntuosos e a etiqueta irritantemente respeitada, sentimos a mesma estranheza que ela, não porque nós não estamos acostumados com a corte do rei Luis XV, mas porque ninguém está.O desenvolvimento da personagem é tão notável quanto real. De início, a garota procura seu espaço na corte, jogando pelas regras ditadas por seu tutor e por sua preocupada mãe, sem arroubos de genialidade que seriam típicos de um filme onde a premissa é mostrar um personagem “a frente de seu tempo”. Marie Antoinette sente insegurança, tédio, alegria, rejeição e carinho na mesma medida que qualquer ser humano (especialmente se for mulher) em suas circunstâncias. Tem qualidades e defeitos que vão muito além do mito “Não têm pão? Que comam brioches!”. Ela fofoca, joga, sofre e é incoerente de um modo deliciosamente humano. Ela também cresce com o passar do tempo ao se dedicar aos filhos e ao enfrentar a impopularidade tanto na corte quanto entre o povo.
Uma reclamação recorrente do filme é que ele não mostra o desenrolar da Revolução nem a execução de Marie Antoinette. Apesar de perder a oportunidade de mostrar a força de Marie durante esse período difícil, a diretora nos poupa de um final inevitavelmente maniqueísta que transformaria a rainha num mártir da guilhotina. Ao invés disso, ficamos apenas com símbolos da derrubada definitiva de um regime político e, principalmente, de um estilo de vida de excessos, mas que resiste, com menos pompa (mas não com menos excentricidade) nas festas das elites atuais, que geram uma infinidade de Maries Antoinettes e que, apesar das drogas e dos sapatos Manolo, são mulheres reais em circunstâncias irreais.
Trechos do texto de David Donato .